sábado, 17 de outubro de 2009

DÀDIVA

A dádiva de ter nascido no Rio de Janeiro em 1950, cinco anos depois do fim da segunda guerra mundial, quando transformações imensas moviam o mundo. A dádiva de ter crescido numa cidade tranquila que em nada se assemelha ao Rio de hoje. A dádiva de ter passado dois verões em Paquetá de águas transparentes quando tinha sete anos. A dádiva de ir para a escola de bonde, de ter ouvido o primeiro compacto dos beatles, de acreditar que podia mudar o mundo. A dádiva de ter vivido em Visconde de Mauá na década de 70. A dádiva de ter plantado árvores que hoje estão imensas. Farei 59 anos dia 27 de dezembro e não entendo por que algumas pessoas se sentem constrangidas ao dizer a idade ou mesmo escondem a idade. Tenho tanto orgulho do que já vivi, fui e sou testemunha de um mundo em tão rápida transformação, é uma dádiva já ter vivido tanto.

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