terça-feira, 9 de março de 2010

PAZ

Ontem, no Dia Internacional da Mulher li num cantinho do jornal que palestinos e israelenses retomam, mesmo que precariamente as conversações de paz. Enquanto isso termino de ler o livro A Mulher Foge de David Grossman, escritor israelense. Uma mulher leva seu filho até o lugar de encontro de onde os soldados partirão para uma grande ofensiva. Uma mulher leva com suas próprias mãos seu filho para a guerra. E então ela foge de casa para não ser encontrada, para que o exército não possa encontrá-la para notificar a morte do seu filho. Emquanto escrevia o livro o autor perdeu seu próprio filho numa frente de batalha. Ele nos conta no prefácio que tinha a fantasia de estar protegendo seu filho enquanto escrevia o livro. Mas a única fantasia possível é a paz. E as mulheres deveriam assumir a tarefa de desfazer as guerras. Que mulher pode sentir-se feliz em entregar seu filho para a morte?
Assistimos estarrecidos a uma escalada nuclear. Chegará o dia em que assistiremos maravilhados a uma escalada da paz?

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