MOMO

Ontem andei relendo MOMO, belíssimo romance para crianças e jovens do Michael Ende. Uma menina órfã que sabe escutar e é dona do tempo e seus amigos. Os homens cinzentos , ladrões de tempo. Todos acabam vendendo seu tempo, menos Momo, que sabe que não há nada mais importante na vida do que a gente ter tempo. Um dos amigos de Momo é Beppo, o varredor de rua. Beppo me ensina: quando a gente varre a rua não pode olhar a rua inteira, senão desanimamos, mas se vai varrendo cada pedacinho e quando se percebe a rua está toda varrida.

Ontem vi um belo documentário: dois jovens alemães de vinte anos passam quinze dias no interior da Naníbia, vivendo nas mesmas condições que os africanos. No final se dão conta do luxo em que vivemos, e que a alegria não brota do luxo, mas sim da dádiva que é a própria vida.