quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Café da manhã com Mandela

Hoje acordei com a mão na massa: fiz dois pães recheados com queijo . Calculei o tempo para que estivessem quentinhos na hora do Café. Deu tudo certo. Os pães ficaram lindíssimos e muito saborosos. Não sobrou nada! Chocolate quente e bolos completavam a mesa.
A varanda estava repleta. Trinta pessoas entre alunos e professores.
Falamos da ausência do nosso escriba Professor Latuf e fizemos um jogral com seu poema Evocação do livro Águas de Saquarema. No final do poema gritamos seu nome bem alto para que ele retorne logo ao nosso convívio.
Depois comentamos a performance das escolas de Saquarema na avaliação do IDEB. Saquarema melhorou muito. E então discutimos o futuro do livro impresso. Se vai acabar ou não. Lemos uma crônica maravilhosa da Miriam Leitão onde ela nos dá a resposta: o livro não vai acabar nunca, pois o seu formato, se papel ou digital, não importa. O que importa é a sua chama.
Lemos um capítulo do livro Os Caminhos de Mandela de Richard Stengel. Mas antes da leitura falamos sobre Mandela e o apartheid, a sua luta, a África do Sul. Relembramos todos os grandes heróis da humanidade, os que pregavam a paz, Martin Luther King, Gandhi, Desmond Tutu...Falamos da violência da sociedade humana, do poder dos donos das armas.
O capítulo do livro se chama Encontre a sua Horta. Richard Stengel nos conta que Mandela conseguiu em sua prisão na Ilha Robben uma autorização para fazer uma horta. E a horta trouxe ganhos impressionantes para todos. Para Mandela era um refúgio, uma meditação, a sua ilha particular de quietude e paz. Para os prisioneiros era um acréscimo de vitaminas na alimentação diária e para os carcereiros uma maneira de mudar o ponto de vista.
O texto emocionou a todos e muitas histórias percorreram a varanda. Falamos de ubuntu, o maravilhoso conceito africano de “irmandade” onde eu só existo porque o outro existe. Falamos de “bullying” nas escolas e a crueldade que é um ser humano humilhar outro ser humano.
Nossas gatas Nana e Luna estiveram presentes o tempo todo. Juan, que escreveu em seu livro 50 Motivos para Amar o Nosso Tempo, ed. Fontanar, um capítulo sobre o Ubuntu, ao meu lado, sempre. Juan é meu grande incentivador. Ele adora os Cafés Literários.
Reunidos em volta da mesa , a felicidade jorrava e enchia a varanda e os corações. Já marcamos o próximo encontro: dia 1 de dezembro.

3 comentários:

  1. Ah! Roseana, como é bom e gratificante você contar sobre esses chás literários. Eles me trazem tantas lembranças...
    As escolas que são convidadas devem ficar muito felizes, bem como você. A leitura é algo divino. Acho que o escritor quando nasce, trás em cada dedo uma parte de Deus que o acompanha e guia todos os seus escritos.
    Obrigada por trazer tanta energia luminosa.
    Beijinhos,
    Angela

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  2. Roseana: Me encantei de novo,ao ler seu texto,com a beleza de Saquarema e me sentei,de novo,na sua sala....que Deus a abençõe por ser tão generosa e amiga das escolas.Beijos emocionados.

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