domingo, 22 de agosto de 2010

LINGUAGEM

Há dias em que penso
ser minha linguagem,
talvez, a do vento.

Takuboku Ishikawa
(1885-1912)

Às vezes me sinto perdida entre dois mundos: o meu, que se esvai, e esse novo mundo, o da velocidade, do tempo acelerado, da imagem ocupando todos os espaços, da hiper informação. Por dentro sou lenta e a minha linguagem é a do vento. Tento não deixar escapar o melhor de um mundo que era o meu enquanto habitante de uma nova civilização. E o que era melhor? me pergunto. Talvez o tempo como dimensão.

3 comentários:

  1. Ai, Roseana, às vezes também me sinto assim em alguns momentos. Mas logo penso termos sorte, pois esse tempo, o que você diz que "se esvai", nos deu tanta coisa a comparar, tantas coisas boas que o pessoal de agora, coitados, não poderão desfrutar. Somos privilegiadas por conhecermos e vivenciarmos as duas eras.
    Bom domingo.
    Cida.

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  2. Somos sim , privilegiados.Podemos ter os dois mundos. Obrigada, por compartilhar.

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  3. É... quase todos que viveram outra época sentem essa sensação. Sinto algo diferente, quase sempre sem explicação, às vezes até total estranheza, mas por outro lado, para mim, é importante usar uma ou outra como parâmetro.
    Será difícil realmente dizer qual é a melhor e nem sei realmente se me agradaria conhecer. Poder passear pelos dois mundos como você diz, dá um sabor especial e, para mim é a chave para nos conhecer melhor.
    Abraços,
    Bom domingo!
    Angela

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