domingo, 21 de abril de 2013

NUMA ALDEIA DISTANTE (Contiuação)

Continuo o conto:

   Uma vez, num país muito distante, numa aldeia pobre, vivia um homem que tinha muito dinheiro e uma bela casa. Diziam que ele trabalhava com pedras preciosas. Viajava muito e vivia sozinho. Mas um dia chegou à sua casa uma linda mulher.
   Na verdade, ela chegara durante a noite. Era uma noite de lua cheia e a neve brilhava como se fosse feita de diamante polido.
   Lobos uivavam ao longe. O único que a vira chegar fora o bobinho da aldeia, que sofria de insônia e vagava noites inteiras mesmo com neve. Pela manhã todos sabiam que durante a madrugada a porta do homem rico , comerciante de pedras preciosas se abrira quando um trenó chegou à sua casa, silencioso como a neve. Nunca se soube que tivessem se casado, mas parecia que sim, pois viviam juntos.
   Ela era maravilhosa. Andava pelas ruas de barro cantarolando numa lingua estranha como se andasse nas ruas das mais belas cidades do mundo. Seu cabelo era negro como piche e os olhos de um azul estonteante. Ela era de uma bondade extrema. Onde havia alguém doente lá ia ela cantarolando suas estranhas canções.
   Mas logo os habitantes da aldeia se deram conta denque alguma coisa muito maligna e misteriosa estava em curso, pois, cada vez que ela se aproximava da cama de um doente e pousava a mão em sua cabeça ou em sua testa, a pessoa rapidamente piorava e morria, e ela, a bela mulher, se iluminava com esta morte, ficava cada vez mais bonita e radiante.

                                 CONTINUA AMANHÃ

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