domingo, 8 de junho de 2014

POR ONDE ANDAMOS

Ontem havia uma pergunta maravilhosa no facebook. Dizia mais ou menos assim: Se você é leitor-a, onde estava em seu último livro?

Estive em muitos tempos e lugares desde o dia 15 de maio quando fisicamente fui para Veneza. Vejamos:
Comecei no avião com Traduzindo Hannah de Ronaldo Wrobel - é um livro muito bom sobre as "polacas". Estive na Praça Onze do Rio de Janeiro, no governo Vargas, quando ele flertava com o nazismo. Ali foi o primeiro núcleo de imigrantes judeus.
No aeroporto em Madrid comprei vários livros: Las Hijas de Zalman, de Anouk Markovits, estive na Polônia e na França, acompanhando uma família de judeus extremamente religiosos , fanáticos e a luta de uma das filhas para se libertar.  É uma história terrível e verídica. Los Bienes de Este Mundo de Irene Nemirovsky , de quem havia lido a Suíte Francesa. Ela era uma grande promessa para a literatura francesa quando a França se rendeu aos alemães no Governo de Vichy. A Suíte Francesa narra a fuga dos habitantes de Paris quando os alemães iam chegando. Ela escreve escondida, nas piores circunstâncias. Acabou morrendo em 1940 em Auschwitz. Suas filhas encontraram os manuscritos. O livro que li agora foi publicado em capítulos numa revista sob pseudônimo e começa no interior da França antes da Primeira Guerra e vai justamente até a entrada dos alemães na Segunda Guerra. É um grande, imenso romance e uma belíssima história de amor. Portanto, estive várias vezes na França em tempos diferentes.
Com El Héroe Discreto do Mario Vargas LLosa, estive no interior do Peru e nunca ri tanto.
Agora estou num Kibutz, no começo ou antes da criação do Estado de Israel, não consegui perceber, pelas mãos do Amós Oz no livro Entre Amigos. O livro é muito bom, mas Amós Oz não é bonzinho. É um livro triste sem nenhuma tragédia, apenas a dificuldade dos encontros humanos.  

E lá vou eu agora, no meu tempo físico para o Salão de Leitura de Niterói.

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