sexta-feira, 24 de março de 2017

ESCOLA EM BARCELONA

Hoje li uma matéria linda sobre uma escola de vanguarda que está chamando a atenção do mundo, em Barcelona.O Colégio se chama Joaquim Ruyra, está localizado num bairro complicadíssimo de imigrantes e seu IDEB (lá não se chama assim), é altíssimo, tão alto quanto o das melhores e mais caras escolas particulares.
E como conseguiram?
Porque a escola é em tudo diferente.
As classes ficam de portas abertas. Trabalham em grupos por 20 minutos (o que dura cada atividade) As aulas são divididas em atividades.
Tudo funciona como se fosse uma gincana. As matérias são dadas de outra maneira. O professor é parceiro e não aquele que sabe.O professor gosta de ser desafiado.
Cada grupo tem um monitor que não é professor. É alguém da família.
Pode ficar em pé, pular, fazer barulho. O estímulo à criatividade é total. Ninguém fica doido para ir embora ou para o recreio. Ficam doidos é para aprender! Para resolver as questões. Se pudessem dormiriam na escola.
A matéria saiu no jornal El Mundo no dia 18 deste mês.
É uma outra forma de ensinar. A escola, envolvendo as famílias, mudou as famílias. As famílias mudaram o bairro. O bairro se sente responsável pela escola, onde não há brigas entre os alunos, já que são todos parceiros.Um aluno ajuda o outro quando está com dificuldades. O método é interativo, de parcerias.
É uma escola com pouquíssimos recursos financeiros, mas com professores que adoram o desafio. E estão sabendo dos últimos descobrimentos da ciência em relação à aprendizagem.
Algumas coisas eu sempre soube.

Sem afeto, sem amor, não há aprendizagem.
Uma escola sem arte é prisão.
Amigos são o que há de mais importante dentro da escola.
Um ambiente lúdico, agradável é importantíssimo.
A leitura como os mais belos cavalos brancos puxando a carruagem.
Trabalhos em grupo, nada de carteiras arrumadinhas, um aluno atrás do outro.
Um certo caos criativo .
Família participando da escola.

A escola do nosso tempo não pode ser a escola do Século XIX.
E que a mudança venha de escolas públicas de periferia não me surpreende, só fortalece a minha crença de que se não fossem os bilhões roubados teríamos as melhores escolas públicas do mundo. Pois o nosso material humano é o que temos de melhor.
Aqui no Rio de Janeiro a E.M.Brasil é um exemplo. Fica em Olaria, não em Ipanema. Seu IDEB, invejável, é de 6.4
Seus alunos são leitores e pensam.

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