quinta-feira, 4 de maio de 2017

MEU COTIDIANO

Meu cotidiano é engraçado.
Caminho meia hora todos os dias pelas ruas de dentro quando não tenho pilates ou pela calçada em frente ao mar quando vou para a Vila. É tudo deslumbrante. É como se eu estivesse caminhando num outro mundo. Muita gente me conhece e vai me cumprimentando aqui e ali.
Hoje quando voltei decidi cozinhar no fogão de lenha, porque fazia uma temperatura maravilhosa e o dia estava lindo demais.
Enquanto cozinho faço outras coisas. Respondo a várias pessoas ao mesmo tempo. E releio o livro Os Judeus e as Palavras , do Amós Oz, livro que amo e que fala de muitas das minhas questões.Enquanto o feijão cozinha eu leio e penso.
Fiz os três poemas para o livro do Walmir Ayala que será reeditado. Walmir, lá das estrelas, deve ter gostado dos poemas. Ele foi amigo do meu melhor amigo, Professor Latuf e imagino os dois discutindo poesia e filosofia lá no céu.
A comida fica pronta e a casa rescende a lenha e o mar envolve tudo como se morássemos dentro de uma concha azul.
Vou ao correio depois do almoço enviar alguns livros para o Adriano Cabral que fará alguma coisa maravilhosa com os meus poemas.No correio sou amiga dos atendentes. Vou ao mercado. Gravo um vídeo para os alunos da Professora Kátia. Recebo um pré convite para um encontro na Bahia, e despacho algumas burocracias. Depois que fizer 20 minutos de bicicleta ergométrica, acho que consigo parar e voltar languidamente, deitada no sofá, para o livro do Amós.
Nenhum dia é igual ao outro.

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