quarta-feira, 24 de maio de 2017

O QUE VEJO POR AÍ

Os mendigos de Veneza mudaram de nacionalidade. Em 2015 eram dos Balcãs, agora são africanos. Em várias pontes encontramos africanos jovens com um chapéu na mão pedindo dinheiro.
Perguntamos ao Paolo porque não estão vendendo alguma coisa, afinal são tão jovens.
Paolo responde o seguinte: que a Itália recebe uma quantia da União Européia por cada imigrante e dá um albergue e 300 euros por mês para cada um. Não tenho como saber se é verdade. Disse que é um.negócio lucrativo para a Itália.
Vejo grupos de estudantes de todas as idades. Desde 8 anos até adolescentes. São italianos.
Na Europa há um movimento bem forte de formação de plateia. Vão aos museus, igrejas, concertos. São alegres, dá para sentir como estão felizes na rua. Para cada grupo grande , uns 3 ou 4 professores.
Vejo gondoleiros solitários, sentados em suas barcas, esperando freguês.
Antes, em outros anos, ouvia seus gritos "oiiii", quando cruzavam com outras gôndolas. Uma espécie de saudação. Nunca mais ouvi. Paolo diz que ser gondoleiro, possuir sua própria gôndola, é o desejo de todos os homens que vivem em Veneza, pois dá muito dinheiro.
Este ano vejo menos russos e mais chineses e hindús.
Paolo diz que os hindús não gostam da comida italiana, sentem falta das suas espécies.
Anoitece tarde, às 21.30.
Às 20h meus olhos se enchem com a luz mais  bela do dia. Cristalina.
Hoje amanhece cinza e refrescou um pouco.
Sairemos ao deus dará.

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