Logo no princípio do Dr.Fausto, do Thomas Mann, lemos que nem as religiões podem reprimir as forças arcaicas e destruidoras que habitam o homem. Apenas a literatura pode fazer isso.
Escrevo sentada num Café e não tenho o livro comigo para fazer a citação exata.
Mas é mais ou menos isso.
Sabemos que os regimes totalitários sempre queimaram livros. A própria Igreja Católica tinha o seu índice de livros proibidos.
Penso que essas forças arcaicas podem sim ser domadas com a literatura, pois é quando nos misturamos com um personagem, assumimos sua vida e suas dores, que aprendemos a compaixão no melhor sentido da palavra e exercitamos a empatia.
Fiquei pensando também no quanto as guerras representavam uma honra e um sacrifício necessário. Penso em como os soldados partiam cantando para matar ou morrer ou as duas coisas. Penso nos heróis de guerra, nas medalhas e em como, ainda bem, ir para a guerra já não representa uma honra para as famílias.
Viver sem utopias é muito difícil. E a paz é quase uma utopia. Não completamente, porque a paz é possível.
Então penso na literatura como um instrumento fazedor de paz.
segunda-feira, 30 de abril de 2018
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